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Eu gostaria de ser um lápis, os meus donos seriam o meu pai Joaquim e a minha mãe Lurdes.
Num dia lindo, estava no campo, era um dia de Verão. Pus-me a ouvir os pássaros e a escrever um livro. Escrevi, escrevi, até que apareceu o meu pai. E disse-me:
- Estás a escrever um livro?
- Sim, pai, estou; sabes, é que o campo e os pássaros dão-me vida.
- Então, até logo, depois venho chamar-te para o almoço.
- Está bem.
Quando o Joaquim e a Lurdes o foram buscar, encontraram-no a dormir muito quieto. Acordaram-no e foram almoçar a casa.
- Então mostra-me o teu livro. - disse a mãe cheia de curiosidade.
- Éstá aqui, mãe.
- Oh! Tão lindo!
- Sim, o campo dá-me vida.
Os pais viram o livro e disseram:
- Vamos à editora ver se ela quer o livro.
Foram, e a editora disse que sim. E os pais ficaram felizes por terem assim um filho.
José Vieira
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