A Resolução de Problemas...

Como já vem sendo hábito, os nossos alunos vão-nos surpreendendo, dia a dia, com o seu trabalho e os seus progressos... A área da Matemática constituíu um bom exemplo.

No decorrer da minha última intervenção, trabalhei com a turma uma série de problemas, com vista à exploração de situações que conduzissem à descoberta da subtracção. Em continuidade, muito mais que mecanizar, interessava-me perceber o tal raciocínio dos alunos e as estratégias por eles utilizadas. Os resultados foram óptimos!! Desde logo, o facto de ter tido em conta situações reais, ou muito próximas dessas, aquando da formulação dos problemas, pareceu claramente motivar a turma. Especificamente, recorri a situações problemáticas que incluíam o nome de alguns alunos, bem como os acontecimentos que haviam decorrido dias antes: "A Feira do Cavalo" e o S. Martinho. A título exemplificativo, apresento um problema e o raciocínio de um dos alunos, o António.

Problema: Vamos voltar à tradicional "Feira do Cavalo": "O António, o Sebastião, o Pedro, o Duarte, a Francisca e a Bárbara foram andar de cavalo no fim-de-semana."

Para o mesmo problema, foram colocadas diversas questões, de complexidade crescente. Uma delas foi: "O passeio foi tão agradável que os amigos quiseram repeti-lo, mas desta vez, a pares, dois a dois. Achas que o número de cavalos necessários foi o mesmo? Quantos cavalos terão sido precisos?"

Ao que o António respondeu: "Então, eu, o Sebastião, o Pedro, o Duarte, a Francisca e a Bárbara, fomos andar a cavalo a pares, ou seja, dois a dois. Assim, eu posso ir com o Sebastião, o Pedro com o Duarte e a Francisca com a Bárbara e já não são precisos 6, mas sim 3 cavalos." Depois, o António apresentou o seu raciocínio à turma.

Rapidamente, percebemos que o António se identificou de imediato com o problema quando referiu "eu", ao invés de "António" e com a situação: o andar a cavalo; também essa real. Analogamente, o aluno fez um raciocínio muito bom e consegiu representar o mesmo no papel e no quadro negro, utilizando óptimos esquemas e a operação correspondente; a imagem apresentada mostra isso mesmo. Parabéns António!

Saudações para todos e, em especial para os "anõezinhos", da estagiária Sónia Parreira. Termino com uma mensagem que parece poder revelar o sentimento por parte de muitos que, como nós, têm a oportunidade de trabalhar com crianças..."Criança, sinónimo de vida; água que molha o coração de quem nunca chorou" (Rosa Candida)